quarta-feira, 8 de maio de 2019

Teatro: "Teoria da Evolução do Preconceito" discute racismo e machismo na Semana Paulo Freire

Fotos tiradas de um ensaio realizado no início da semana. Alunos tratarão de temas polêmicos

Texto: Lorrayne Paz, 15 anos 
Estudante do 1º ETIM - Ensino Médio Integrado ao Meio Ambiente da Etec de Itanhaém

Fotos: Danilo Dias, 17 anos
Estudante do 3º ETIM - Ensino Médio Integrado à Administração

Racismo e machismo, duas coisas que precisam ser debatidas em nosso dia a dia. Algo que, quando você vira as costas, após ser chamado atenção por uma certa atitude, volta a ser praticado novamente. Os alunos do 2º ano de Ensino Médio Integrado à Administração querem debater com o público, por meio da peça de teatro "Teoria da Evolução do Preconceito", o preconceito ainda existente em pleno século XXI. 

São duas coisas importantes e que, infelizmente, são praticadas nos dias de hoje, que não começaram agora. O surgimento do preconceito no Brasil começou no período colonial quando os portugueses trouxeram os primeiros negros, vindos principalmente da África, onde eles eram vendidos sem piedade para os portugueses.


Os alunos da Etec de Itanhaém optaram por esses assuntos para mostrar aos adultos e crianças que existe muito preconceito, racismo e discriminação no contexto escolar. O objetivo é demonstrar que este é um problema de todos, e que as pessoas podem acabar com atitudes que deixam o mundo a um passo do fracasso.

"É muito importante estarmos falando sobre esses temas, pois tudo isso que passa na peça infelizmente acontece nos dias de hoje. É necessário que todos entendam e lutem para que isso não aconteça mais", afirma a estudante Luiza Nascimento de Carvalho Souza, que participa da peça. Ela também conta que o mundo precisa vez e ouvir a voz daqueles que estão sofrendo por causa de atitudes egoístas feitas por pessoas sem compaixão ao próximo .

Os alunos falam sobre preconceito na peça por meio de uma linha do tempo, pois nossos antepassados sofreram problemas profundos, que não se limita ao preconceito com a cor da pele. O racismo se revela em diversas aspectos, com diferentes conceitos que podem vir associados às raças, às etnias ou às características físicas. A semelhança, no entanto, está na dor de quem já sofreu na pele algum tipo de discriminação.

No Brasil, o preconceito e discriminação contra negros é o mais evidente. A sociedade brasileira foi formada sobre pilares de superioridade racial. Foram mais de 300 anos de escravidão. Esse tipo de preconceito reafirma que algumas raças ou etnias são superiores às outras, seja pela cor da pele, pensamentos, crenças, classe social, inteligência ou cultura. 

Não só a cor, mas também a sexualidade que hoje em dia é motivo de preconceito e também é representado na peça. "A peça também fala bastante sobre o machismo, que vem sido combatido fortemente pela luta feminina no nosso país, mostrando o ponto de vista feminino sobre essas questões", explica Paola Victória, a diretora do espetáculo. 

A apresentação será na sexta-feira, dia 10 de maio, em duas sessões, das 10h às 11h e das 12h às 13h, dentro da programação da Semana Paulo Freire, e é indicada para maiores de dez anos. O roteiro é de Giancarlo Nunes, Leonardo Santos, Rayssa Flores, Fabrízio Vernaglia, Paola Victória, Camille Ferreira, Nathali Vieira, Davi Nunes, Diogo Campachi, Rodrigo Caleffi e Gustavo Fernandes. Direção: Paola Victória e Giancarlo Nunes.



3 comentários:

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  2. Parabens pelo artigo, não são todos que conseguem o feito de abordar esses temas sem esquecer alguns dos princípios básicos ou ate mesmo a empatia no assunto...Parabéns pelo olhar acrítico isso é algo que todos deveriam ter!!

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  3. Lindíssima essa Lorrayne👏❤. Tinha que ser da minha sala kkkkk. ARRASA MARAVILHOSA!!! Amo tu.

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