segunda-feira, 6 de maio de 2019

Etec de Itanhaém terá aulas gratuitas de instrumentos musicais com Matheus de Camargo


*Letícia Santiago, 15 anos

Estudante do 2º ETIM - Ensino Médio Integrado à Informática para Internet

Quem não gosta de escutar uma boa música? Aquela sua favorita que te dá êxtase de felicidade quando tocada em alguma rádio, aquela que fez parte de algum momento da sua vida ou até mesmo aquela música chiclete que, geralmente, vira hit de verão na sua região. Quimicamente falando, essa sensação boa ao escutarmos uma música se dá pelo efeito da dopamina em nosso cérebro, provocando sensações como euforia, alegria e prazer.


Pensando nesse fato interessante, você já pensou em provocar dopamina em alguém por meio da música? Especialistas comprovam que aprender uma nova atividade, principalmente a tocar um instrumento, melhora a nossa memória, habilidade cognitiva e serve como terapia para nossa coordenação motora e outras capacidades. Na Etec de  Itanhaém, berço da nossa Liga do Jornalismo, temos alguém que é especialista em provocar dopamina para várias pessoas, seu nome é Matheus de Camargo que, com apenas 15 anos já se apresentou publicamente e várias vezes em festivais da cidade, já participou de banda e hoje compartilha essa experiência que ele tem com os instrumentos e com a música, sua paixão desde que se entende por gente.


LIGA DO JORNALISMO - Quais instrumentos você sabe tocar e há quanto tempo?

MATHEUS DE CAMARGO - Os instrumentos que eu sei tocar, que eu tocaria na noite são violão e guitarra. Simples, são esses! Eu acho que os toco muito bem.

LIGA DO JORNALISMO - Em qual instrumento você enfrentou alguma dificuldade para aprender?

M.C. - Guitarra, com certeza. Eu enfrento dificuldades até hoje no aprendizado porque cada vez vai ficando mais difícil de você aprimorar suas técnicas, seu timbre, sua versatilidade e sua precisão de “palhetada”, de pegada, de digitação com os dedos da mão esquerda tem que ser trabalhada diariamente e leva muito tempo para ficar assim, “redondinha”, perfeita...

LIGA DO JORNALISMO - Quais dicas você dá para quem quer aprender um instrumento do zero?.

M.C. - Para quem tá começando a aprender um instrumento do zero é importante que a pessoa goste de música, eu acho interessante para qualquer estilo que a pessoa for fazer ela tem que gostar muito do que faz, né? Se quer começar a tocar para valer, quer seguir na área tem que gostar muito porque não é para todo mundo isso aí, né? É muito trabalho que vai em cima disso, apesar da galera não saber e achar que é mais tipo “você tem que ser conhecido por terceiros”... Na verdade não, você tem que ser bom naquilo que cê faz, cê tem que ter o melhor timbre, que toca o melhor, mas seguindo na humildade sempre, né?!

LIGA DO JORNALISMO - “Conte pra gente como deve ser a rotina de alguém que queira aprender algum instrumento.”.

M.C. - Então, a rotina de alguém que queira aprender algum instrumento é assim: o cara tem que estudar como se fosse um trabalho, oito horas por dia praticando, estudando que aí você vai perceber uma evolução enorme com essas oito horas por dia, mas, se ele não estiver com esse tempo hábil pode fazer um treino com menor tempo que também vale a pena. Você só vai se dividir pelos dias, né? Você não vai fazer vários exercícios em um dia, faz uns quatro no máximo.

LIGA DO JORNALISMO - “Essa prática mudou sua vida de qual maneira?”

M.C. - Ah, tocar mudou minha vida de muitas formas. Eu era pra ser um cara como qualquer um, não que isso seja ruim, mas eu acho que mudou no meu amadurecimento que foi muito rápido. Pode não parecer, mas eu tive que sacar algumas coisas na vida que a galera de hoje em dia, mais jovem, não tem essa mesma perspectiva, acho que os sonhos todos vão dar certo, que rolê é uma coisa normal... Afinal, eu ainda tô aprendendo que a vida não é bem assim, a vida cobra e se você quer isso tem que se fazer o melhor da sua rua, do seu bairro, da sua cidade...

LIGA DO JORNALISMO - “Qual instrumentos você recomendaria para alguém?”.

M.C. - Cara, um instrumento que eu recomendaria... É uma pergunta difícil. Eu acho todos os instrumentos legais, sabe? Cada um tem sua peculiaridade, sua história, tem sua vibe com sua emoção. Eu acho que, pra quem enfrenta problemas de stress diário, acho que a bateria seria um instrumento muito legal, por ser um instrumento de percussão pra você descontar sua força. Mas tem que ter técnica, não basta ter força. Mas é legal pra quem quer dar umas... “porradinha” (Risos).

LIGA DO JORNALISMO - “Você pensa em ensinar outras pessoas a tocar os instrumentos que você sabe?”.

M.C. - Cara, não somente penso como tenho vontade também de abrir um projeto seria legal, daqui uns dez anos, ter um estudo bacana do meu instrumento e começar a dar aula, mas eu quero primeiro focar em mim, primeiro focar na minha carreira porque eu não pretendo dar aula para sempre. Também não pretendo ser um cara conhecido por dar aulas, não que isso seja ruim, mas não é minha definição de carreira. É como se fosse um historiador, tem historiadores que são pesquisadores e outros que dão aulas, eu acho que dar aula é uma troca de aprendizado onde você aprende tanto com o aluno e o
aluno aprende com você né? Então, acho que é legal por um tempo. Essas experiências nunca são demais, entendeu? Sempre é bom aprender várias coisas, quanto mais o seu conhecimento vai ficando amplo, você consegue  aplicar coisas de fora dentro do que você tá fazendo. Esse é o pensamento que a gente tem que ter.

Com o Matheus aprendemos hoje que a busca pelo conhecimento é necessária em nossa vida para descobrirmos nossa paixão e deixar nosso legado para as outras pessoas. E você? Já descobriu sua paixão e o conhecimento que você deixará para as próximas gerações?


*Letícia Santiago é aprendiz de técnico em informática, aspirante a jornalista, nomeada por quatro anos consecutivos e em diferentes instituições como “Melhor Redação”, apaixonada em língua portuguesa, literatura e conhecimentos gerais, nomeada duas vezes como aluna destaque com direito a diploma e amante da informação (Afinal, quem não adora uma fofoca?). Futura “Mackenzista” ou “Casperiana”, tudo depende do quanto conhece a língua e a si mesma.


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